CAPITÃO-MOR - ANDRÉ PEREIRA THEMUDO
7º (sétimo) governante da Capitania do Rio Grande do
Norte ANDRÉ PEREIRA TEMUDO, NO PERÍODO DE 1621 A JUNHO DE 1623
Capitão-mor, nomeado por carta de 18 de março de 1621 (Arquivo Nacional da Torre
do Tombo, Lisboa, Chancelaria de D. Filipe III, L. 9, f’l. 12).
Precedido por Ambrósio Machado de Carvalho e
sucedido por Bernardo da Mota
Por Patente Real de 18 de março de 1621, conforme escritura
disponível no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa, Chancelaria de D.
Fi1ipe III, L. 9, fl. 12, foi designado Capitão-mor da Capitania do Rio Grande,
sucedendo a Ambrósio Machado de Carvalho. Comuns à época, como temos visto, são
desconhecidas as datas de posse e término do seu governo, mas é sabido que, em
meados de 1623, ainda permanecia no cargo. Terá acompanhado Francisco Caldeira
Castelo Branco, segundo CÂMARA CASCUDO (1989, p. 58), na expedição que, antes
correndo em apoio a Jerônimo de Albuquerque no Maranhão (1615), se destinava à
colonização do Grão-Pará. Ocupava, então, o posto de Capitão de Infantaria. Ao
retornar a Lisboa, anos mais tarde, narraria suas experiências – observações e
percepções –, reunidas sob o título geral de Relaçam do que há no rio das
amazonas novamente descoberto, constituindo esse texto a primeira crônica
escrita sobre a Capitania do Pará, o qual seria publicado mais de dois séculos
depois pelo pesquisador e escritor Jiménez de La Espada (1831-1898),
posteriormente editado nos Anais da Biblioteca e Arquivo Público do Pará (1902)
e hoje disponibilizado nos Anais da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.
Temudo retornaria ao Pará (1617). Em dezembro de 1618, anota CÂMARA CASCUDO,
foi a Olinda informar ao Governador-Geral do Brasil, Dom Luiz de Souza, da
deposição de Castelo Branco. Voltou em 16 de março de 1619, de Pernambuco, em
companhia do novo capitão-mor do Pará, Jerônimo Fragoso de Albuquerque, e, em
maio do mesmo 1619, viajou para Lisboa levando Castelo Branco preso e outros
implicados nos motins paraenses de 1618 (op. cit., pp. 58-59). Sua nomeação
para a Capitania do Rio Grande deveu-se aos serviços prestados na conquista do
Maranhão e Pará. Ao fim dessa administração fixou-se em Olinda, passando a
comandar uma companhia de infantaria, onde faleceu em 16 de fevereiro de 1630,
defendendo a Igreja da Misericórdia, quando da invasão holandesa